terça-feira, agosto 24, 2010

Engenharia Naval em Pernambuco.

Fernanda Nogueira
Do G1, em São Paulo

Editado e Comentários por: Felipe Alves




A área da engenharia naval vive um momento de busca por profissionais. Com a recuperação da indústria naval brasileira nos últimos anos e a exploração de petróleo e gás no mar, faltam engenheiros qualificados para desenvolver projetos de navios, plataformas de petróleo e outras embarcações de apoio.

Para os próximos dez anos, está prevista a construção de mais de 200 embarcações no país, segundo o diretor do Centro de Engenharia Naval e Oceânica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Carlos Daher Padovezi.

O engenheiro naval faz projetos de corpos flutuantes, como navios, plataformas marítimas ou outros corpos que estejam em água, como barcos e lanchas. A atuação ocorre em escritórios de projetos, que trabalham com muita computação, softwares de projetos e desenhos, nas próprias embarcações, com a inspeção e levantamento de problemas, em estaleiros, que constroem os navios e atuam no processo de produção, ou no apoio à pesquisa, como acontece IPT.

“É um leque grande de trabalho”, disse Padovezi. O instituto presta auxílio a projetos e faz ensaios em laboratório e medições em navios e plataformas.

O estudante interessado em atuar na área deve estar preparado para trabalhar com muitos cálculos matemáticos e físicos. A formação é forte em hidrodinâmica, que estuda o que ocorre com os fenômenos dentro d’água, em projeto de estruturas metálicas e na parte de máquinas, como motores, propulsores, bombas, sistemas que fazem parte navios e plataformas. “É preciso ter uma visão global de todo o sistema”, disse Padovezi.

Com a falta de profissionais no mercado, o salário inicial fica em cerca de R$ 5 mil em estaleiros e em empresas petroleiras, como a Petrobras, uma das maiores empregadoras da área.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) iniciará a graduação em engenharia naval no segundo semestre de 2011, com 20 vagas. No início de 2012, o curso será aberto também para o ingresso de portadores de diploma. Formados em outras engenharias poderão entrar no curso para se especializar na área.

"Foi uma cobrança da sociedade. Estávamos com uma lacuna e já temos um estaleiro em pleno funcionamento no estado", disse a coordenadora do futuro curso de engenharia naval da UFPE, Ana Rosa Mendes Primo.

[Na minha opinião é um bom caminho para os Engenheiros de Produção que querem se especializar na produção naval ou até mudar de àrea e coligar Produção e Naval, sabendo que em Pernambuco há projetos para 6 estaleiros]

http://g1.globo.com/especiais/Guia-de-carreiras/noticia/2010/08/engenheiro-naval-esta-em-falta-no-mercado.html